NOVA YORK (AP) — Post Malone e Doja Cat, duas das maiores estrelas da música pop, serão os destaques do Festival Global Citizen deste ano no Central Park de Nova York em 28 de setembro, enquanto os organizadores se concentram em mobilizar jovens para ajudar a resolver os problemas urgentes do mundo.
A pandemia de COVID-19 apagou anos de progresso que o mundo havia feito em direção ao fim da extrema pobreza e esses contratempos foram agravados pelas guerras na Ucrânia e Gaza e complicados pelas mudanças climáticas, disse o CEO do Global Citizen, Hugh Evans. Ele estima que cerca de 10% da população mundial agora vive em extrema pobreza e as Nações Unidas esperam que 575 milhões de pessoas estejam nesse nível em 2030, apesar dos planos de longo prazo para erradicá-lo.
“No ambiente em que precisamos de mais ambição, estamos vendo muitas nações recuarem,” disse Evans à Associated Press. “Por isso sabemos que nosso trabalho é mais urgente do que nunca e por isso estamos tão entusiasmados que os maiores artistas do mundo estão se destacando num momento em que são absolutamente necessários.”
O Global Citizen há muito tempo se associa a grandes artistas – de Beyoncé e Jay-Z a Queen, Stevie Wonder a Ed Sheeran – para gerar atenção que pode se transformar em ações do público que pressionam líderes políticos, corporativos e filantrópicos a apoiar suas iniciativas. A organização sem fins lucrativos afirma que seus eventos na última década geraram mais de US$ 14 bilhões para eliminar a extrema pobreza.
Evans disse que os headliners deste ano têm uma conexão importante com os jovens, que são essenciais para mudar a forma como os líderes reagem às necessidades atuais.
“Há uma razão pela qual os gerentes de marca passam tanto tempo falando com esse público de 16 a 30 anos – os principais influenciadores da próxima geração,” disse Evans. “Os jovens têm o poder de criar uma mudança enorme quando se unem.”
Malone incorpora esse sentimento em sua música atual. Seu single atual “Pour Me a Drink” é uma parceria com Blake Shelton. E até agora este ano, ele também se juntou a Taylor Swift, Beyoncé e Morgan Wallen.
Doja Cat, atualmente em turnê europeia promovendo seu álbum de sucesso “Scarlet”, também é conhecida por suas colaborações.
“Todos temos um papel a desempenhar para ajudar a acabar com a extrema pobreza e lutar pela equidade,” disse Doja Cat em um comunicado preparado. “Estou ansiosa para fazer parte desta noite importante de mudança positiva.”
Os ingressos para o festival, que também incluirá apresentações do astro country Jelly Roll e do cantor e rapper porto-riquenho Rauw Alejandro, são gratuitos. Mas eles exigem tomar medidas no site do festival para “derrotar a pobreza, defender o planeta ou exigir equidade” – geralmente envolvendo escrever para líderes globais ou postar nas redes sociais.
O Global Citizen está trabalhando para convencer os países a aumentar suas contribuições para a Associação Internacional de Desenvolvimento do Banco Mundial, o fundo dedicado a elevar o padrão de vida nos 75 países mais pobres do mundo.
O presidente da Zâmbia, Hakainde Hichilema, disse que o momento da campanha é crítico. “À medida que nossa pior temporada agrícola em mais de 40 anos se estabelece, nossa nação e nossos vizinhos enfrentam graves escassez de alimentos e grande instabilidade no suprimento de energia,” disse ele em um comunicado preparado. “A participação das nações mais ricas do mundo neste reabastecimento não é apenas generosidade – é questão de vida ou morte para milhões que sofrem os piores impactos das mudanças climáticas.”
Neste ano, o Global Citizen também está focando em atividades presenciais ao redor de Nova York para introduzir os jovens ao voluntariado em troca de ingressos para o festival. Ele se associou ao Black Surfing Rockaway para limpar a Praia de Rockaway e a organizações sem fins lucrativos como The Bowery Mission e Citymeals on Wheels para trabalhar com novos voluntários.
“É um ponto de entrada de baixa complexidade para aqueles que desejam agir,” disse Evans. “É uma iniciativa que fizemos em Gana. Fizemos isso na África do Sul como parte de uma grande limpeza. Também educa os Cidadãos Globais sobre a insegurança alimentar e outras necessidades em Nova York.”
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